segunda-feira, 20 de agosto de 2012

"Quer mesmo saber o que penso de tudo isso? Você foi um covarde. Um completo idiota. Um palhaço, um mané, um bosta, um escroto, um imbecil. Eu poderia ficar horas e horas falando coisas sobre você. Você e suas atitudes (ou seria a falta delas?). Mas prefiro me calar e deixar passar. Porque uma hora passa, dizem. Uma hora o tempo cura, insistem. E eu espero, sinceramente, que passe. Porque se não passar eu não sei o que vou fazer. Não sei o que fazer com o seu perfume que ficou no meu travesseiro. Não sei o que fazer com os fios dos seus cabelos que ficaram na minha escova. Não sei o que fazer com a sua camisa, que ficou na lavanderia e vou ter que buscar amanhã. Não sei o que fazer com o vidro de café descafeinado que você insistia em tomar todas as manhãs. Não sei o que fazer com as nossas fotos. Não sei o que fazer com tanta saudade. Eu não sei, não sei mesmo, o que fazer com esse sentimento dentro de mim." 
— Clarissa Corrêa

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