" O
contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.Para odiar alguém,
precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca
sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um
coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar
alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no
cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos
do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso
rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor
para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a
cor do amor...
Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada."
(Martha Medeiros) :*
Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada."
(Martha Medeiros) :*
Nenhum comentário:
Postar um comentário